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A Terra, um planeta único a proteger

 

 

A Terra devido à sua posição em relação ao Sol faz da Terra um planeta especial, permite a vida, tal como a concebemos. Um planeta com água no estado líquido, uma atmosfera rica em oxigénio com uma camada de ozono, protetora dos raios solares e a inter-relação entre os subsistemas que torna a Terra um planeta dinâmico, um planeta vivo. A sobrepopulação, a sobreexploração e a procura de melhores condições para a humanidade, provoca desequilíbrios graves que irá a curto prazo influenciar a qualidade de vida na Terra.

 

Superfície terrestre - Continentes e fundos oceânicos

 

A crosta terrestre é formada fundamentalmente por dois tipos de áreas: as áreas continentais e os fundos oceânicos. A área total da superfície terrestre é de 510 milhões de km2, dos quais os oceanos ocupam cerca de dois terços (362 x 106 km2) e os continentes a cerca de um terço (148 x 106 km2) de toda a superfície terrestre. Os continentes são formados por rochas (graníticas) diferentes das que constituem os fundos oceânicos (basálticas). A densidade dos continentes é menor que a dos oceanos: para um mesmo volume, as rochas oceânicas pesam mais do que as dos continentes.Escudos ou cratões são regiões extensas e planas formadas por rochas antigas, que podem ser magmáticas ou metamórficas altamente deformadas, e apresentam história geológica muito variadas.

 

 

  • Plataformas são zonas dos escudos ou cratões mas que estão cobertas por sedimentos de origem marinha, e ainda apresentam as características da sua deposição original.

 

  • Cadeias montanhosas são zonas longas e lineares da crosta terrestre onde as rochas foram deformadas durante a lenta colisão entre duas placas litosféricas, atividade magmática e metamórfica que, no seu conjunto, se designam orogenia. Orogenia é a designação do processo que leva à formação de cadeias montanhosas.

 

 

   Se tivermos uma plana continental e uma placa oceânica, a placa continental por ser menos densa, afunda-se.

 

   Quando temos a colisão de uma placa oceânica (mais densa) e uma placa continental (menos densa), a placa oceânica mergulha por baixo da continental numa zona designada por zona de subducção.

 

   Quando são placas continentais a colidir, de inicio ocorre dobramento, mas depois a mais densa acaba por mergulhar (afunda). É o que acontece no Pacifico, na formação da cadeia dos Andes.

 

 

   Os principais componentes estruturais dos fundos dos oceanos são:

 

-->Do domínio continental: Plataforma continental e talude continental.

-->Do domínio oceânico: Planície abissal, crista médio-oceânica e fossa oceânica.

 

  • Plataforma continental: Corresponde aos prolongamentos submarinos dos continentes e a sua profundidade não ultrapassa os 200 m. Os relevos são modestos, cobertos por sedimentos transportados pelos rios ou pelos glaciares. De uma forma geral, as plataformas do Oceano Atlântico são mais largas que as plataformas do Oceano Pacifico.

 

  • Talude continental: É domínio de transição entre o continente e o oceano. Nestas zonas, o declive é acentuado e estende-se até às zonas profundas do oceano. Por vezes, nos taludes ocorrem depressões profundas, em forma de desfiladeiros ou vales que desaguam nos fundos dos oceanos.

 

  • Planícies abissais: Apresentam inclinações muito suaves. Estas planícies iniciam-se a seguir aos taludes continentais e terminam nas cristas médio-oceânica. Por vezes, estas superfícies aplanadas são interrompidas por montes e montanhas submarinas. Nas planícies abissais ocorre a deposição de grande quantidade de sedimentos finos e matéria orgânica de origem marinha.

 

  • Dorsal médio-oceânica: Corresponde a uma forma de relevo considerável e contínua à escala do planeta. Do centro desta estrutura até às planícies abissais, é possível definir diversas zonas, tais como:

    • Um vale de rifte profundo

    • Cumes muito acentuados paralelos ao rifte, de declives mais suaves para as planícies abissais.

    • Relevos mais modestos, paralelos ao rifte

    • Fraturas mais longas, designadas falhas geológicas transformantes que recortam perpendicularmente todas as estruturas existentes na crista médio-oceânica.

 

  • Fossas oceânicas: Estão profundamente entalhadas no fundo oceânico. Localizam-se perto da base do talude continental, nas proximidades de cadeias montanhosas que ocorrem nas margens dos continentes.

 

 

   Nas cristas médio-oceânicas existem riftes, que são aberturas provocadas pela separação de duas placas tectónicas, e ao longo do rifte ocorre a ascensão de magma, o que dá origem à constante renovação dos fundos oceânicos.

 

 

O Homem nos subsistemas

 

O crescimento populacional e o desenvolvimento económico e tecnológico permitiu um aumento da exploração dos recursos naturais. Inicialmente só se falava em recursos renováveis e recursos não renováveis. Os recursos renováveis são aqueles que ciclicamente são repostos pela natureza, num intervalo de tempo compatível com a duração da vida humana. Os recursos não renováveis formam-se a um ritmo muito lento, de tal modo que a taxa da sua reposição pela Natureza é infinitamente menor que a taxa do seu consumo pelas populações humanas, são recursos finitos. Devido à sobre-exploração de alguns recursos, ficaram limitados. Por exemplo, é o caso da água potável, a sobre-exploração e o desperdício é de tal ordem que hoje a água potável é considerada um recurso limitado.

 

  • Combustíveis fósseis: Não renovável;

 

  • Energia solar: Altamente renovável;

 

  • Energia nuclear: Não renovável, para obter energia nuclear é necessário a exploração de elementos radioativos existentes na Terra, levam muito tempo a formar-se;

 

  • Água potável: Renovável, mas limitada;

 

  • Energia das marés: Renovável;

 

  • Energia geotérmica: Renovável;

 

  • A energia geotérmica também é interessante, pois esta energia deriva do calor interno da Terra, que à partida existe muito, mas cuidado com a sobre-exploração porque esse calor também um dia irá acabar claro, que será daqui a muitos milhões de anos, mas terá o seu fim.

 

 

   Desenvolvimento sustentável é um modelo de desenvolvimento que vai ao encontro das necessidades no presente mas sem comprometer as gerações seguintes.

 

 

   O que fazer para uma melhor gestão ambiental?

 

     Virarmo-nos para a exploração das energias renováveis, redução da produção de resíduos e reciclagem, baixar drasticamente a poluição por nós provocada. Atualmente já se fala em política dos 5 R’s, além de reciclar, reduzir e reutilizar temos de respeitar e responsabilizar. O ordenamento do território também é uma importante medida na gestão ambiental, pois para poder evitar construções desenfreadas e a qualquer preço. Existem pessoas que até fazem as suas casas em zonas de risco, quais poderão ser consideradas zonas de risco? Construções feitas sobre arribas só pelo belo prazer de estar a ver a paisagem sobre o mar, casas construídas em zonas de vertente (muito inclinadas).

 

 

   A conservação do património geológico também é muito importante, por exemplos nos Açores, temos as Lagoas do Fogo e Sete cidades, o Vulcão dos Capelinhos, algar do Carvão, Pico e outros. Recuperação de áreas degradadas e em Portugal Continental temos um caso que nos podemos orgulhar, onde existe hoje o Parque das Nações, antes era uma zona totalmente degradada e feia.

 

 

 

 

 

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