top of page

 

Sismologia

 

       Sismo é um movimento vibratório brusco da crosta terrestre, devido, muitas vezes, a uma libertação de energia (sob o efeito de tensões causadas, na maioria das vezes pela movimentação das placas litosféricas; a litosfera acumula energia que é libertada quando a pressão é suficientemente forte para provocar a ruptura do material) em zonas instáveis do interior da Terra, que ocorrem num período de tempo restrito, em determinado local e que se propaga em todas as direcções (ondas sísmicas). Depois da ruptura acima referida, dão-se várias outras rupturas secundárias – réplicas. Também antes do abalo principal se podem sentir sismos de fraca intensidade, denominados por abalos premonitórios. O ponto em que a energia se liberta é denominado por hipocentro e o ponto que se encontra à superfície, verticalmente sobre este, chama-se epicentro. O estudo dos fenómenos relacionados com a ocorrência de sismos constitui a sismologia. De acordo com a sua intensidade podem ser considerados:

 

  • Macrossismos: sismos sentidos pela população.

  • Microssismos: sismos imperceptíveis, que não causam danos significativos.

 

 

Os sismos tectónicos acontecem devido a movimentos tectónicos que podem ter origem em forças de vários tipos, tais como:

 

  • Compressivas : os materiais são comprimidos, tendendo

a diminuir a distância entre as massas rochosas.

 

 

  • Distensivas : levam ao estiramento e alongamento do

material, aumentado a distância entre as massas rochosas.

 

 

  • Cisalhamento : os materiais são submetidos a pressões que

provocam movimentos horizontais, experimentando alongamento

na direcção do movimento e estreitamento na direcção

perpendicular ao movimento.

 

 Os sismos de colapso acontecem devido a abatimentos em grutas e cavernas ou ao desprendimento de massas rochosas.

 

Os sismos vulcânicos são provocados por fortes pressões que um vulcão experimenta antes de uma erupção e por movimentos de massas magmáticas relacionados com fenómenos de vulcanismo. 

 

TEORIA DO RESSALTO ELÁSTICO

 

       É a teoria proposta pelo geólogo Henry Reid em 1911 que conta que quando o material rochoso fica sujeito a um nível de tensão que ultrapassa o seu limite elástico, dá-se a deformação das rochas. Se a deformação ocorrer lentamente dá-se uma dobra e se for rápido uma falha.

Para ocorrer um sismo é preciso que a tensão ultrapassa o limite elástico e que se gere uma falha.

A tensão causada pelas movimento das placas pode corresponder a movimentos de década, anos ou milénios.

Esta teoria explica a formação de um sismo. Os movimentos tectónicos geram tensões junto às rochas que envolvem e a falha e estas deformam-se e acumula-se energia potencial. Quando a tensão que atua no plano de falha vence o atrito entre os dois blocos de rocha divididos pela falha, estas deslocam-se e libertam energia sob a forma de calor e ondas sísmicas, originando o sismo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Efeitos dos sismos – ondas sísmicas

 

 Ondas sísmicas: movimentos vibratórios de partículas que se propagam a partir do foco, segundo superfícies concêntricas. o Ondas de volume (profundidade)

 

 Ondas P - as partículas vibram paralelamente à direcção de propagação; a propagação produz-se por uma série de impulsos de compressão e distensão através das rochas;  propagam-se por todos os meios;  são também chamadas ondas de compressão ou longitudinais;  provocam variações do volume do material.

 

Ondas S - as partículas vibram num plano perpendicular à direcção de propagação;  apenas se propagam em meios sólidos;  provocam mudanças da forma do material;  podem também chamar-se ondas transversais.

 

Ondas superficiais (resultam da intereferência de ondas P e S e

são as mais destrutivas):

 

  •  Ondas de Love: partículas vibram horizontalmente;

  •  Ondas de Rayleigh: partículas movimentam-se elipticamente. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sismograma

 

O sismograma permite saber diversas coisas quanto a um sismo. Permite descobrir a sua magnitude, duração, distância epicentral, etc. Mas como determinar a distância epicentral?

Para distâncias maiores que 1000kmpodemos fazer a seguinte conta: [(S-P)-1] x 1000 = DE km

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mas ainda há outra maneira e esta sim inclui o sismograma - sabendo a distância epicentral das 3 estações, utilizando um compasso cujo o centro está no local da estação e o raio é a distância epicentral (em km), determina-se o epicentro do sismo.

 

 

Sismos e tectónica de placas

Os sismos podem ser de:

 

  •  Fronteiras convergentes

  •  Fronteiras divergentes

  •  Fronteiras transformantes

  •  Sismos intraplacas

 

 

Avaliação de sismos

 

    Intensidade- É o grau de destruição provocado pelo sismo.

A Intensidade é expressa em graus em escalas, sendo a mais conhecida a  escala de Mercalli modificada ou escala internacional de Mercalli. Esta escala tem doze graus numerados em numeração romana.

 

Na escala de Ricther cada grau de magnitude é cerca de 30 vezes maior que o grau abaixo, sendo assim uma escala logarítmica. É medida a partir do sismograma através da amplitude máxima e da distância epicentral.

 

 

A escala de Richter e a de Mercalli nem sempre se podem correlacionar dado que a quantidade de destruição depende da construção e se os locais são mais ou menos habitados. Se o sismo ocorrer no deserto, pode ter uma grande magnitude, no entanto a destruição ser quase nula.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Descontinuidades internas da geosfera

 

A constituição e as propriedades físicas dos materiais terrestres variam com a profundidade, condicionando assim a velocidade das ondas P e S. A velocidade das ondas sísmicas aumenta com a rigidez dos materiais e diminui proporcionalmente à sua densidade. A reflexão e refracção das ondas sísmicas permitem localizar três superfícies de descontinuidade:

 

  • Descontinuidade de Mohorovicic profundidade média de 40km,

separa a crosta do manto.

 

  •  Descontinuidade de Gutenberg

profundidade de 2883km, separa o manto do núcleo externo.

 

  •  Descontinuidade de Lehmann –

profundidade de 5140km, separa o núcleo externo do núcleo interno.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para cada sismo existe uma zona de sombra sísmica, compreendida entre ângulos epicentrais de 103º e 143º, onde não são recebidas ondas P nem ondas S directas.

 

Estrutura interna da geosfera

 

Existem duas estruturas estabelicidas para a Terra, uma de acordo com a composição química dos seus materiais e outra de acordo com a rigidez (física) destes. Aqui estão ambas em comparação:

AQUI ESTÃO 15 MINUTOS DAQUILO QUE É VIVER DURANTE E DEPOIS DE UM DESASTROSO SISMO. IMPRESSIONANTE!!

Este vídeo deixou-me nostálgica, relembrou-me dos meus ... para aí  8 aninhos a ver as animações de prevenções sísmicas e a preparar simulacros com os meus colegas. Depois de ver esta animação desenhámos sobre o que haviamos aprendido! Coloco-o aqui para que traga um bocadinho do passado também a vocês e vos relembre daquilo que, tenho a certeza, já vos ensinaram vezes sem conta!

Reflexão: Eu gostei de dar esta unidade, é sempre engraçado estudar as causas, conseuqências e formas de prevenção de algo tão naturalmente espantoso como as catástrofes naturais, no entanto considerei um pouco repetitivo, pois há sempre pelo menos um ano por ciclo em que damos os sismos. Eu compreendo que seja importante, principalmente a parte da prevenção, mas, como disse, não deixa de se tornar repetitivo em certas partes. No entanto, houve bastantes coisas que aprendi novas, como as ondas, conteúdo que já não me lembrava, apesar de também termos dado no 8º ano. Assim, a aprte que menos gostei foi ter que estudar de novo todas as formas de prevenção e as escalas, pois já o tive que fazer várias vezes e a parte que mais gostei de estudar foram as ondas e as suas formas de atuar, até porque é a parte mais científica da unidade. 

bottom of page