Ana Rita Marques
Teoria nebular
Teoria Nebular é uma teoria sugerida em 1755 pelo filósofo alemão Immanuel Kant e desenvolvida em 1796 pelo matemático francêsPierre-Simon Laplace no livro Exposition du Systéme du Monde. Segundo essa teoria, o Sistema Solar teria se originado há cerca de 4,6 bilhões de anos a partir de uma vasta nuvem de gás e poeira - a nebulosa.
Esse processo teria evoluído na seguinte sequência:
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Contração da nebulosa graças à existência de uma força de atração gravitacional gerada pelo aumento da massa em sua região central. Esta contração teria provocado um aumento da velocidade de rotação. O calor gerado no interior dessa nebulosa é tal, que desencadeia reações químicas e físicas que a fazem brilhar;
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Achatamento até à forma de disco, com uma massa densa e luminosa de gás em posição central, o proto-sol, correspondente a cerca de 99% da massa da nebulosa;
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Durante o arrefecimento do disco nebular em torno do proto-sol houve condensação dos materiais da nébula em grão sólidos. As regiões situadas na periferia arrefeceriam mais rapidamente que as próximas da estrela em formação. Uma vez que a cada temperatura corresponde a condensação de um tipo de material com determinada composição química, teria ocorrido uma separação mineralógica de acordo com a distância ao Sol;
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Em cada uma das zonas do disco assim formadas, a força da gravidade provocaria a aglutinação de poeiras, que formariam pequenos corpos chamados planetesimais, com diâmetro de cerca de 100 metros. Os maiores desses corpos atraíram os menores, verificando-se a colisão e o aumento progressivo das dimensões dos planetesimais. Todo este processo, denominado acreção, conduziu à formação de corpos de maiores dimensões, os protoplanetas e posteriormente, aos planetas.
Immanuel Kant Simon-Pièrre Laplace
Teoria nebular reformulada
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Numa zona do Universo existia uma nébula fria constituída por gases (H, He, ...), gelo e poeiras muito difusas;
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existência de forças de atracção gravítica entre partículas no interior da nébula fizeram com que se tenha começado a contrair, a aquecer e a rodar sobre si mesma. A contracção da nébula levou a um aumento da sua velocidade de rotação.
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Após anos a girar, a nébula terá começado a arrefecer e adquiriu a forma de um disco achatado – disco protoplanetário, em cujo centro existia uma saliência - O proto-sol -> SOL (no protosol terão começado desde logo a ocorrer reacções termonucleares);
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Os materiais do disco protoplanetário foram arrefecendo e condensando em grãos de poeiras dispersas. Devido à atracção gravítica, estes grãos sólidos iam colidindo uns com os outros e juntando-se (sofreram acreção) formando corpos de maiores dimensões (até ~1km) chamados planetesimais (os “tijolos dos planetas”), que foram aumentando de tamanho devido a sucessivas colisões e acreções com outros planetesimais, até originar corpos maiores - os protoplanetas, que depois se diferenciaram, formando os planetas. O aumento da massa permitiu a retenção de uma atmosfera à volta de alguns planetas.
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Os planetas telúricos ter-se-ao formado na zona mais interna do disco protoplanetário (zona mais quente) devido à colisão e acreção de metais e materiais rochosos. Os planetas gasosos ter-se-ão formado na zona mais externa do disco (zona mais fria), principalmente, através da acreção de gases.
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Os cometas e alguns asteróides são restos desses planetesimais, sendo, por isso, dos mais antigos corpos do Sistema Solar. Os primeiros planetas telúricos teriam aparecido nas zonas mais densas do disco proto-planetário, isto é, mais próximo do Sol, tendo a radiação solar impedido a incorporação dos elementos menos densos na constituição destes planetas, ficando a ser constituídos por elementos mais densos como o ferro, o níquel, e silicatos. Os planetas gigantes encontram-se mais afastados do Sol e isto foi consequência da radiação solar, que afastou da sua vizinhança a maior parte dos elementos químicos menos densos, como o hidrogénio e o hélio, no estado gasoso - devido à grande distância ao Sol, os gases passaram, em grande parte, ao estado sólido. Actualmente, a Teoria Nebular Reformulada está de acordo com as características gerais do Sistema Solar.
Foram feitas críticas a esta teoria, dizendo que a velocidade de rotação do sol deveria ser maior e os gases ejectados pelo sol deveriam ter-se espalhado pelo espaço, em vez de condensarem sob forma de planetas. Por isto, criou-se uma teoria nebular reformulada e mais atual.
Factos que apoiam esta teoria:
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A mesma idade para todos os planetas;
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As órbitas elípticas e quase complanares formando um disco rodando no sentido direto;
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Eixo de rotação no mesmo sentido, excetuando Vénus e Úrano;
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Densidade superior dos planetas telúricos